Obra do aclamado historiador Frank McLynn focaliza seis dos mais magnéticos e poderosos líderes de todos os tempos: Espártaco; Átila, o Huno; Ricardo Coração de Leão; Cortez; Tokugawa Ieyasu; e Napoleão.
Na história da guerra, um grupo de elite de homens atingiu status quase lendário, por meio de sua coragem, ambição e gênio militar incomparável. Mas muitos desses mesmos homens possuíam profundas falhas de caráter pessoal. Em Heróis & Vilões, lançamento da Editora Larousse, o aclamado historiador Frank McLynn focaliza seis dos mais magnéticos e poderosos líderes de todos os tempos: Espártaco – o gladiador que deixou Roma de Joelhos; Átila, o Huno – o guerreiro mafioso; Ricardo Coração de Leão – o maior rei-guerreiro da Inglaterra; Cortez – o conquistador renegado; Tokugawa Ieyasu – o lendário Xogun do Japão, e Napoleão – o mestre tático e gênio militar.
Como eles alcançaram posições de poder mostrando-se tão invencíveis? Quais eram os motivos, as forças e fraquezas pessoais que os levaram a atingir o que ninguém mais ousava? Em seis retratos vívidos, McLynn evoca os momentos críticos em que cada um desses guerreiros se colocou à prova na batalha, mudando sua própria vida, o destino de seu povo, e, em alguns casos, a história do mundo.
Durante a leitura, o leitor descobre, por exemplo, o que levou Espártaco a enfrentar o poderio de Roma contra chances aparentemente impossíveis, e como o jovem Napoleão subiu ao poder de modo dramático em Toulon.
Heróis & Vilões é mais do que uma coleção de biografias individuais. Ao examinar as complexas psicologias desses homens extraordinários, McLynn constrói um perfil convincente do guerreiro supremo e conduz os leitores para dentro das mentes dos maiores guerreiros da história, explorando mais de dois mil anos de história de culturas que vão do México ao Japão.
“Tentar penetrar nas mentes dos grandes líderes da história é algo que pode ser feito só aos poucos e com muita paciência. Mas se me pedissem para apontar um pré-requisito importante para todos os guerreiros de sucesso, responderia que é a sua capacidade extraordinária para lidar com o estresse simultâneo e acumulado. Os grandes capitães tinham que lidar com conflitos da sociedade e do mundo exterior, com outras pessoas e, freqüentemente, consigo mesmos”, afirma o autor.
Espártaco, por exemplo, líder de uma revolta de escravos, não apenas teve de combater os romanos, mas precisou administrar a oposição de seus próprios comandantes, a traição dos renegados, a deserção de seus aliados e, especialmente, com as dúvidas que devem ter vindo constantemente à sua mente acerca da exeqüibilidade da sua grande revolta. Átila, o Huno, precisou lidar politicamente com duas partes muito diferentes de um Império Romano dividido, com traidores e múltiplas tentativas de assassinato, e até a forte oposição de seu próprio irmão, enquanto negociava no labirinto da política européia no século V.
Na qualidade de rei e governante de um Império, Ricardo Coração de Leão deveria estar numa situação melhor, mas na Terceira Cruzada enfrentou não apenas Saladino e os sarracenos, mas também a inimizade, a tendência endêmica para a propagação de facções dentro do exército das Cruzadas, a oposição nata dos governantes cristãos na palestina e, mais que tudo, o ódio e a intriga na Europa. Cortez teve de derrotar os astecas sem alhear-se de sues aliados indígenas, especialmente os poderosos Tlaxcalás; mas também precisou agradar a Igreja, que nem sempre aprovava seu barbarismo, lidar com as ameaças à sua posição, por parte de outros espanhóis eminentes tanto dentro quanto fora de seu exército conquistador, e sofrer o trauma de ver os queridos companheiros arrastados para o sacrifício humano nos altares mexicanos.
Tokugawa Ieyasu lutou não apenas contra seus rivais pelo comando supremo do Japão, mas também contra os jesuítas, os recalcitrantes monges budistas, a Corte Imperial e até contra seu obstinado filho. Mais do que qualquer um, precisou combater os demônios internos que o acossavam desde que, aos sete anos, viu seu próprio pai ser decapitado. Enquanto derrotada os britânicos e seus muitos aliados, Napoleão acabava facilmente com as intrigas vindas de seu próprio lado, a aversão de velhos conhecidos da Córsega, e ainda a inveja e a rivalidade de seus irmãos. Mas, acima de tudo isso, tinha de lidar com seu próprio “eu dividido” – uma sensibilidade separada entre a racionalidade matemática, de um lado; e a fantasia e o sonho românticos, de outro.
“Quando falamos dos guerreiros, a sabedoria mais antiga ainda é válida. Não perdoamos necessariamente a todos quando os compreendemos, mas os enxergamos como seres humanos, dotados de um brilhante talento e de profundas falhas”, finaliza Mclynn.
PQ NINGUEM MORRE ATOA
Lamento pela família, mas teria que lamentar por muitas outras famílias se ele ficasse vivo viciando a juventude de Muriaé, que furta e assalta pessoas de bem pra cheirar e fumar o que esses caras vendem.