A paralisação dos policiais militares e bombeiros completou, nesta sexta-feira (25), seu segundo dia. Os militares continuam acampados na Assembleia Legislativa e dizem que só saem depois do governo Roseana Sarney atender as reivindicações da categoria.
O fato importante do segundo dia é a adesão da Companhia de Choque. Segundo eles, não aceitam ser comandados por um general do exército.
Outra questão é que cadetes estão sendo deslocados para as ruas sem armamento e colete a prova de balas. Sem curso para conduzir viaturas, os cadetes estão sendo destacados inclusive para portas de bancos.
De Bacabal, recebemos informações de que um tenente coronel Mariano, deslocado de São Luís para intimidar o movimento teve que voltar por que não foi aceito pela tropa local. Na cidade, as viaturas foram descoladas para o pátio.
Na tarde de hoje policiais militares de 10 municípios que fazem parte do 15º Batalhão de Bacabal, aderiram à paralisação. Os municípios são os seguintes, segundo o jornalista Louremar Fernandes: Brejo de Areia, Lago Verde, Alto Alegre do Maranhão, Olho D´Água das Cunhãs, Vitorino Freire, Lago Açu, Paulo Ramos, Marajá do Sena, São Mateus e Bom Lugar. Os policiais deslocaram com as viaturas dessas cidades até a sede do Batalhão em Bacabal. As viaturas estão no pátio do quartel.
Hoje Morros, Bacabeira, Humberto de Campos, Icatu e Rosário na região do Munin também pararam.
Em São Luís, continua a onde de assaltos e arrastões. Ontem um motorista de ônibus foi morto na avenida dos Africanos e os passageiros assaltados. Agora pouco um arrastão teria acontecido no shopping Rio Anil. A informação não foi confirmada. O presidente da Assembleia deputado Arnaldo Melo disse ao movimento paredista que a governadora Roseana Sarney não negocia enquanto os policiais e bombeiros não voltarem ao trabalho. Os líderes do movimento expuseram a situação para os militares e todos decidiram pela continuação da paralisação.
O juiz auditor militar Vicente de Paula Gomes de Castro indeferiu, a tarde, o pedido do comando da Polícia Militar do Maranhão, para que os líderes da greve da PM e do Corpo de Bombeiros fossem presos por crime de desobediência à Constituição, que não permite a greve de serviços considerados essenciais, divulgou os blogs do Luis Pablo e Cardoso.
Os militares têm recebido de empresários a doação de alimentos, água, combustível. Um prefeito e uma ex-secretária de estado doaram hoje 5 mil garrafas de água mineral e 500 pães. Deputados de oposição e do governo também colaboram. O movimento e seus líderes continua firme e forte a cada dia recebendo mais adesões. Por fim está havendo desentendimentos e insatisfações pelo comando da Polícia Militar que não estão aceitando a intervenção e serem comandados por coronéis do Exército.
Fonte: Jornal Pequeno
Blog da Força Tática
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