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segunda-feira, 18 de julho de 2011

Caso Juan: Investigação da Polícia Militar indica que tráfico matou o menino


As investigações para apurar quem matou o menino Juan de Moraes, de 11 anos, estão colocando em lados opostos as polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro. As duas instituições defendem versões diferentes para o mesmo crime. A criança desapareceu no dia 20 após um tiroteio na comunidade Danon, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

Rio - Vinte e dois dias após a morte do menino Juan Moraes, de 11 anos, o corregedor-geral da PM anunciou a abertura de Inquérito Policial-Militar para investigar o envolvimento de policiais do 20º BPM (Mesquita) no crime. Antes, os militares respondiam apenas a sindicância interna do batalhão.
As versões colocam em lados opostos as polícias Civil e Militar. De acordo com a apuração da Civil, militares teriam matado Juan na troca de tiros e ocultado o corpo porque não teriam como justificar o auto de resistência — morte em confronto — de uma criança de só 11 anos.
Já a investigação da PM indica que Juan teria sido morto por traficantes da comunidade Danon, em Nova Iguaçu. Segundo informações, os PMs teriam surpreendido Igor de Souza Afonso e o irmão de Juan, W., dormindo. Igor teria reagido e foi morto. Irritados com os ‘subordinados’, traficantes teriam matado Juan como vingança. W. e outra vítima, baleados, fugiram.


Antenas dos celulares dos PMs podem revelar o local que cada um esteve, já que o GPS registrou a presença das viaturas no local do fato e não no Rio Botas, em Belford Roxo, onde o corpo foi achado.
Na manhã do crime, os PMs teriam ido à comunidade checar uma denúncia. A reconstituição apontou que à noite eles voltaram pela parte alta e deixaram a viatura longe do beco e foram a pé. Depois, posicionaram-se à espera de um traficante. A simulação apontou contradições nos depoimentos dos policiais.
Quebra de sigilo telefônico autorizada
O juiz Marcio Alexandre Pacheco da Silva, do 4º Tribunal do Júri de Nova Iguaçu, decretou na tarde desta terça-feira, a pedido do Ministério Público, a quebra de sigilo dos dados telefônicos de mais duas linhas telefônicas de policiais militares suspeitos de envolvimento no caso do assassinato do menino Juan Moraes. Pela manhã, o TJ já havia divulgado que todos os investigados no desaparecimento e morte da criança teriam o sigilo telefônico quebrado. Os nomes dos envolvidos não foi divulgado.
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ONG Rio de Paz faz manifestação pela morte do menino Juan na praia de Copacabana | Foto: Paulo Alvadia / Agência O Dia
A quebra do sigilo telefônico foi autorizada pelo juiz Márcio Pacheco da Silva, do 4º Tribunal do Júri de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O pedido veio do Ministério Público. Quatro policiais militares que estavam na Favela do Danon já foram afastados das ruas e estão sendo investigados pelo comandante-geral da corporação, coronel Mário Sérgio Duarte. Outros sete PMs que patrulhavam as ruas no entorno da comunidade também também serão submetidos ao processo.
A reconstituição do caso foi realizada na última sexta-feira na Favela do Danon, mas só terminou na madrugada de sábado. Os quatro PMs, que se recusaram a dar explicações no local durante o dia, foram os últimos a ser ouvidos. Os outros PMs que atuavam nas redondezas também participaram da reprodução simulada.

Policiais suspeitos de executar traficante

Registrada na 56ª DP (Comendador Soares) como auto de resistência, a morte de Igor de Souza Afonso, de 17 anos, apontado por policiais do 20º BPM (Mesquita) como traficante — baleado durante a ação em que o menino Juan Moraes, de 11, desapareceu — pode ganhar novos rumos. A perícia no corpo do jovem aponta que ele pode ter sido executado, apesar de os disparos não terem sido dados a curta distância.

http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2011/7/caso_juan_investigacao_da_policia_militar_indica_que_trafico_matou_o_menino_177328.html

A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, responsável pelas investigações do assassinato do menino Juan Moraes durante tiroteio na comunidade Danon, em Nova Iguaçu, pediu o recolhimento de nove fuzis calibre 762 do Batalhão da Polícia Militar de Mesquita. A decisão foi tomada porque, dos cinco cartuchos apreendidos no beco da favela onde o menino morreu, um partiu de arma ainda não identificada pela polícia.

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