As investigações para apurar quem matou o menino Juan de Moraes, de 11 anos, estão colocando em lados opostos as polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro. As duas instituições defendem versões diferentes para o mesmo crime. A criança desapareceu no dia 20 após um tiroteio na comunidade Danon, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
Rio - Vinte e dois dias após a morte do menino Juan Moraes, de 11 anos, o corregedor-geral da PM anunciou a abertura de Inquérito Policial-Militar para investigar o envolvimento de policiais do 20º BPM (Mesquita) no crime. Antes, os militares respondiam apenas a sindicância interna do batalhão.
As versões colocam em lados opostos as polícias Civil e Militar. De acordo com a apuração da Civil, militares teriam matado Juan na troca de tiros e ocultado o corpo porque não teriam como justificar o auto de resistência — morte em confronto — de uma criança de só 11 anos.
Já a investigação da PM indica que Juan teria sido morto por traficantes da comunidade Danon, em Nova Iguaçu. Segundo informações, os PMs teriam surpreendido Igor de Souza Afonso e o irmão de Juan, W., dormindo. Igor teria reagido e foi morto. Irritados com os ‘subordinados’, traficantes teriam matado Juan como vingança. W. e outra vítima, baleados, fugiram.
Antenas dos celulares dos PMs podem revelar o local que cada um esteve, já que o GPS registrou a presença das viaturas no local do fato e não no Rio Botas, em Belford Roxo, onde o corpo foi achado.
Na manhã do crime, os PMs teriam ido à comunidade checar uma denúncia. A reconstituição apontou que à noite eles voltaram pela parte alta e deixaram a viatura longe do beco e foram a pé. Depois, posicionaram-se à espera de um traficante. A simulação apontou contradições nos depoimentos dos policiais.
Quebra de sigilo telefônico autorizada
O juiz Marcio Alexandre Pacheco da Silva, do 4º Tribunal do Júri de Nova Iguaçu, decretou na tarde desta terça-feira, a pedido do Ministério Público, a quebra de sigilo dos dados telefônicos de mais duas linhas telefônicas de policiais militares suspeitos de envolvimento no caso do assassinato do menino Juan Moraes. Pela manhã, o TJ já havia divulgado que todos os investigados no desaparecimento e morte da criança teriam o sigilo telefônico quebrado. Os nomes dos envolvidos não foi divulgado.
A reconstituição do caso foi realizada na última sexta-feira na Favela do Danon, mas só terminou na madrugada de sábado. Os quatro PMs, que se recusaram a dar explicações no local durante o dia, foram os últimos a ser ouvidos. Os outros PMs que atuavam nas redondezas também participaram da reprodução simulada.
Policiais suspeitos de executar traficante
Registrada na 56ª DP (Comendador Soares) como auto de resistência, a morte de Igor de Souza Afonso, de 17 anos, apontado por policiais do 20º BPM (Mesquita) como traficante — baleado durante a ação em que o menino Juan Moraes, de 11, desapareceu — pode ganhar novos rumos. A perícia no corpo do jovem aponta que ele pode ter sido executado, apesar de os disparos não terem sido dados a curta distância.
http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2011/7/caso_juan_investigacao_da_policia_militar_indica_que_trafico_matou_o_menino_177328.html
A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, responsável pelas investigações do assassinato do menino Juan Moraes durante tiroteio na comunidade Danon, em Nova Iguaçu, pediu o recolhimento de nove fuzis calibre 762 do Batalhão da Polícia Militar de Mesquita. A decisão foi tomada porque, dos cinco cartuchos apreendidos no beco da favela onde o menino morreu, um partiu de arma ainda não identificada pela polícia.
Rio - Vinte e dois dias após a morte do menino Juan Moraes, de 11 anos, o corregedor-geral da PM anunciou a abertura de Inquérito Policial-Militar para investigar o envolvimento de policiais do 20º BPM (Mesquita) no crime. Antes, os militares respondiam apenas a sindicância interna do batalhão.
As versões colocam em lados opostos as polícias Civil e Militar. De acordo com a apuração da Civil, militares teriam matado Juan na troca de tiros e ocultado o corpo porque não teriam como justificar o auto de resistência — morte em confronto — de uma criança de só 11 anos.
Já a investigação da PM indica que Juan teria sido morto por traficantes da comunidade Danon, em Nova Iguaçu. Segundo informações, os PMs teriam surpreendido Igor de Souza Afonso e o irmão de Juan, W., dormindo. Igor teria reagido e foi morto. Irritados com os ‘subordinados’, traficantes teriam matado Juan como vingança. W. e outra vítima, baleados, fugiram.
Antenas dos celulares dos PMs podem revelar o local que cada um esteve, já que o GPS registrou a presença das viaturas no local do fato e não no Rio Botas, em Belford Roxo, onde o corpo foi achado.
Na manhã do crime, os PMs teriam ido à comunidade checar uma denúncia. A reconstituição apontou que à noite eles voltaram pela parte alta e deixaram a viatura longe do beco e foram a pé. Depois, posicionaram-se à espera de um traficante. A simulação apontou contradições nos depoimentos dos policiais.
Quebra de sigilo telefônico autorizada
O juiz Marcio Alexandre Pacheco da Silva, do 4º Tribunal do Júri de Nova Iguaçu, decretou na tarde desta terça-feira, a pedido do Ministério Público, a quebra de sigilo dos dados telefônicos de mais duas linhas telefônicas de policiais militares suspeitos de envolvimento no caso do assassinato do menino Juan Moraes. Pela manhã, o TJ já havia divulgado que todos os investigados no desaparecimento e morte da criança teriam o sigilo telefônico quebrado. Os nomes dos envolvidos não foi divulgado.
ONG Rio de Paz faz manifestação pela morte do menino Juan na praia de Copacabana | Foto: Paulo Alvadia / Agência O Dia
A quebra do sigilo telefônico foi autorizada pelo juiz Márcio Pacheco da Silva, do 4º Tribunal do Júri de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O pedido veio do Ministério Público. Quatro policiais militares que estavam na Favela do Danon já foram afastados das ruas e estão sendo investigados pelo comandante-geral da corporação, coronel Mário Sérgio Duarte. Outros sete PMs que patrulhavam as ruas no entorno da comunidade também também serão submetidos ao processo.A reconstituição do caso foi realizada na última sexta-feira na Favela do Danon, mas só terminou na madrugada de sábado. Os quatro PMs, que se recusaram a dar explicações no local durante o dia, foram os últimos a ser ouvidos. Os outros PMs que atuavam nas redondezas também participaram da reprodução simulada.
Policiais suspeitos de executar traficante
Registrada na 56ª DP (Comendador Soares) como auto de resistência, a morte de Igor de Souza Afonso, de 17 anos, apontado por policiais do 20º BPM (Mesquita) como traficante — baleado durante a ação em que o menino Juan Moraes, de 11, desapareceu — pode ganhar novos rumos. A perícia no corpo do jovem aponta que ele pode ter sido executado, apesar de os disparos não terem sido dados a curta distância.
http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2011/7/caso_juan_investigacao_da_policia_militar_indica_que_trafico_matou_o_menino_177328.html
A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, responsável pelas investigações do assassinato do menino Juan Moraes durante tiroteio na comunidade Danon, em Nova Iguaçu, pediu o recolhimento de nove fuzis calibre 762 do Batalhão da Polícia Militar de Mesquita. A decisão foi tomada porque, dos cinco cartuchos apreendidos no beco da favela onde o menino morreu, um partiu de arma ainda não identificada pela polícia.
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