►Para bons observadores da Assembléia Legislativa e até da cúpula da Secretaria de Segurança Pública, a mudança de tom do comandante da Polícia Militar, Erir Ribeiro da Costa Filho, tem uma direção: a do mundo da política.
► O moço deve ser candidato a deputado no ano que vem.
► E ele ainda tem tempo para escolher o partido. Como é militar, não precisa respeitar o prazo de um ano de filiação.
Erro tático
► A brusca mudança de rota foi o que mais irritou o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame.
► Para ele, Erir deixou de ser técnico ao abraçar a política.
► A busca pelo voto dos policiais explicaria a briga de Erir com os defensores dos Direitos Humanos e com a imprensa, a quem acusou de má vontade.
► Seria também o motivo do "agrado" à tropa com a anistia das punições disciplinares.
► Não é nada, não é nada, são quase 80 mil votos em jogo. Um bom patamar inicial.
O passo a passo da crise
► A coluna tem acompanhado cada sintoma de rompimento, desde que Erir e Beltrame começaram a demonstrar publicamente que não falam mais a mesma língua.
► Na noite do dia 17 de julho, durante uma manifestação no Leblon, o comando da PM e Marcelo Freixo (PSOL), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia, bateram boca no Twitter.
► Na semana seguinte, o perfil oficial da corporação voltou a jogar bombas de efeito moral, desta vez, na OAB.
► Contrariado, Beltrame disse publicamente considerar desnecessária a bélica performance da PM nas redes sociais.
► A confusão já estava armada quando Erir disse, no quartel-general, para quem quisesse ouvir, que falava diretamente com Cabral, sem precisar da intermediação do secretário.
► Cansado dos erros da PM, Beltrame foi ao governador na semana passada e pediu a substituição do comandante.
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